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O Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC) é um projeto realizado pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC) da Prefeitura de São Paulo. Tem como objetivo a formação e capacitação profissional da juventude na área de gestão cultural. A partir de 2017, o projeto se expandiu, graças à parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS). O programa teve início no ano de 2008 na cidade de São Paulo, atuando no desenvolvimento artístico e atendimento ao público, com enfoque na formação de jovens de 18 a 29 anos para atuação em equipamentos/departamentos culturais. A Lei nº 14.968/2009 e, em seguida, o Decreto nº 51.121/2009 disciplinaram acerca do programa, instituindo-lhe regras e procedimentos legais.
Mas foi apenas a partir de 2013 que o programa passou a ser colocado em prática em conformidade com as novas normas e diretrizes. Por conta disso, acabou ganhando um renovado caráter e um alcance ainda maior. Através de uma série de convênios com espaços culturais da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), passa a ser executado nestes locais, a exemplo de teatros, bibliotecas, casas de cultura, museus, centros culturais etc. Desse modo, foi possível incluir no projeto e nos equipamentos da Prefeitura jovens de todas as zonas e regiões de São Paulo, do centro à periferia.
A inovação do programa jaz exatamente na promoção de uma formação combinada e integrada, em que os jovens têm a oportunidade de ampliar seu conhecimento e repertório através das linhas pedagógicas de aprendizado. Essa formação conta com recorte teórico que visa discutir a diversidade das várias juventudes e manifestações culturais, que envolvem questões de cidadania, direito à cidade, etnia e gênero. Além disso, os jovens também podem experimentar na prática como funcionam os diversos aspectos da gestão cultural.
Uma das premissas da qual parte o Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC) é a necessidade do protagonismo exercido pelos jovens na transformação política e social.
Com vista a promover essa conscientização, são garantidos espaços abertos de participação e diálogo no decorrer do programa. A mensagem que a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) tem como objetivo transmitir é que a construção das políticas públicas se dá de forma coletiva e transparente, de modo a se aproximar mais da realidade do jovem. Últimos dados do programa indicam algo em torno de 300 jovens atuando ativamente em mais de 100 equipamentos culturais da Prefeitura.
Equipamentos
São muitos os equipamentos culturais disponibilizados pela Prefeitura do Município de São Paulo. Os espaços destinados ao exercício da cidadania cultural, na região da Grande São Paulo, são mais de 2 mil. Neste quesito, se destacam os Centros Culturais, que, em termos gerais, nada mais são que espaços como museus, teatros e bibliotecas, basicamente locais que disponibilizam acervos e exposições, com vista à conservação e difusão das artes.
As bibliotecas são muito variadas e presentes na cidade de São Paulo. A se contar em todas as suas modalidades, quais sejam, as bibliotecas comunitárias (incluídos os pontos de leitura), escolares, especializadas, nacionais, privadas, públicas e universitárias, são cerca de 190 espaços no total. Os teatros distritais, contabilizando-se os teatros públicos e privados, as casas de espetáculo e os palcos de rua, totalizam em torno de 675 espaços. Outros equipamentos culturais incluem diversas linhas de ação cultural e preservação da memória da cidade, cujos esforços são coordenados a partir do gabinete da Secretaria Municipal de Cultura (SMC).
Instituto Pólis
A participação do Instituto Pólis no Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC) data de dezembro de 2014. À época o programa não tinha as proporções que tem hoje, limitando-se então à formação teórica e prática de 100 jovens entre 18 e 29 anos. Através da atividade de monitoria dos equipamentos culturais da Grande São Paulo, os jovens atuam na recepção, produção e difusão da cultura municipal. O Instituto Pólis é uma organização não-governamental que atuou no Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC) durante um ano, com financiamento provindo de edital da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). As atividades formativas continuadas tinham duração de 6 horas, todas as segundas-feiras, no Instituto Pólis. Isto na ponta teórica. Já no lado prático, os jovens contavam com formação de 24 horas durante a semana, com acompanhamento de 18 agentes profissionais, 10 deles na sede do Instituto Pólis e 8 em atividades de campo em outros centros culturais e também na sede. Para possibilitar a permanência dos jovens no curso no Instituto e a formação prática nos equipamentos culturais, havia a concessão de bolsa-auxílio.
O objetivo do Instituto Pólis com o projeto era basicamente dar a sua contribuição para a consolidação e o fortalecimento da cidadania cultural no Município de São Paulo. A formação envolvia a experimentação prática dos jovens atuantes nos equipamentos culturais, aliada a reflexões acerca do direito à cidade, da cultura de paz, da convivência em espaços públicos, do desenvolvimento da cultura local, das intervenções no território, entre outras temáticas. A meta que se visou atingir, em adição aos objetivos já mencionados, era a ampliação do diálogo entre a juventude e os espaços institucionais de cultura da cidade, com a promoção de ações e reflexões concernentes ao papel da juventude na promoção de atividades de preservação e estímulo da cultura e o uso do espaço público.
A atuação do Instituto Pólis condiz com as diretrizes gerais da organização de atuação nacional e internacional, fundada em 1987. A razão de ser do Instituto é a construção de cidades mais justas, sustentáveis e democráticas, através da atuação nas áreas de reforma urbana (direito à cidade e urbanismo), democracia e participação (juventudes, formação e participação cidadã), inclusão e sustentabilidade (resíduos sólidos, desenvolvimento local e segurança alimentar e nutricional) e cidadania cultural (convivência e paz e mídias livres), sendo esta última mais relacionada com o Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC). O plano do objeto de trabalho do Instituto Pólis é nas relações entre representações e governos locais, no tocante a políticas públicas, processos de participação popular e fortalecimento dos movimentos sociais, organização de fóruns e redes e análise de gestões municipais.